Captain America: Civil War | Opinião

Olá, Sussurradores!

Boa Segunda-Feira! Para terminar em grande porque não ler a segunda parte da minha review da trilogia "Capitão América"?

Digam-me o que acham!

Captain America: Civil War (2016):

Este filme começa em 1991, numa missão a que é submetido o Winter Soldier. Quem o comanda quer algo. Já aqui existe o percursor de algo mais para o resto do filme.

A acção passa para 2016 onde os nossos Avengers estão em missão - acredito que seja uma das primeiras missões de Wanda e por isso é que acaba por acontecer o que acontece, além da própria distracção de Steve.

Pela primeira vez, Wakanda torna-se visível através do seu governante, T'Chaka. E é daqui, e do que tem vindo a acontecer noutros filmes, que vem a razão para os Acordos de Sokovia. O mundo quer impor limites à Organização Avenger - quer colocá-los sob supervisão das Nações Unidas, bem como dizer-lhes onde e quando eles devem interceder.

E este é o início do fim.

Tony concorda com os Acordos e tenta arranjar razões para que todos os assinem - vê-se uma grande evolução nesta personagem, pois quando se tornou no Iron Man não queria supervisão ou ser ordenado por ninguém - basta ver o segundo filme da sua trilogia.

Já Steve não concorda de todo nesta solução - lembrem-se que ele vem do filme "Winter Soldier", onde a organização governamental para a qual trabalhava, o traiu e tentou matar. Por isso ele não acredita nas agendas dos políticos, pois essas podem mudar a qualquer momento e, apesar de tudo, ele prefere ter a responsabilidade do que acontece, seja bom, seja mau. "The safest hands are still our own." Steve acredita e tem mais fé nas pessoas como individuais.

O que gosto de ver nestas duas personagens, Steve e Tony, é que apesar das suas diferenças, conseguem trabalhar em conjunto. Porém, Steve aprendeu desde cedo a ter responsabilidades pelas suas acções e, ao longo do filme, vemos precisamente este lado - o que frustra Tony e é precisamente isto que os diferencia.

Gosto muito da Sharon - acho que ela é totalmente "badass" como Agente 13 - mas ela e Steve não têm muita química, pelo menos não como vejo entre Tony e Pepper, ou até mesmo entre Steve e Peggy. É certo que ela acaba por ajudar Steve e companhia, mas fica-se por aí. Não há nada que me diga que eles foram feitos um para o outro.

Gostei de ver Natasha no funeral de Peggy. Vê-se que ela gosta muito de Steve e que não o queria deixar sozinho num momento de tristeza. Isto, meus amigos, é verdadeira amizade. Achei também interessante vê-la pela primeira vez com um ar um pouco mais frágil ao longo do filme - cenas de luta em que se vê ela a tentar recuperar do ataque que sofreu. Também reconhece que conhece... Bucky? O quê? Mmm... admito que gostaria de ter visto mais destas duas personagens juntas, pois conheço um pouco sobre o seu passado.

Tudo muda quando a cerimónia de assinatura dos Acordos sofre um ataque. E todos pensam que foi o Winter Soldier.

Pela primeira vez, vemos T'Challa. Gostei de ver este filme e de estar atenta a este personagem. Porquê, perguntam vocês? Porque apesar de T'Challa concordar com os Acordos, não aprecia a política por trás deles. É interessante este pormenor, não é?

As cenas de acção, neste filme, são muito boas. Bem coreografadas, filmadas, parece tudo sair de forma natural dos actores que têm um trabalho extraordinário por si, mas também com os seus duplos.

1 Missão em Lagos - Rumlow e Steve  = Au!

2 Luta no apartamento - aqui vê-se um bocadinho do trabalho em conjunto entre Bucky e Steve, como se 70 anos não se tivessem passado desde a última vez que lutaram juntos nos anos 40.

3 Adoro a perseguição na auto-estrada! A maneira como filmaram a cena da moto é muito boa, bem como a maneira como Steve sai do carro. Infelizmente, este e Sam acabam por se tornar criminosos aos olhos do mundo.

4 Batalha do Aeroporto - maior cena de batalha (até este momento) da Marvel. Tem tantos momentos individuais, como em conjunto. Tanto de diálogo, como de combate. Apercebi-me que existe um paralelo entre "Jameses": entre Tony proteger Rhodey (James) e Steve proteger Bucky (James).

É triste a maneira como termina. Tanto para o lado Iron Man como para o lado Cap.

5 Sibéria - uma das cenas mais dolorosas que vi na minha vida cinematográfica. Para quem me conhece sabe que o meu herói favorito é o Capitão América, por diversas razões, mas Iron Man também está no meu top 5. E ver estas duas personagens que, apesar das suas diferenças, se tornaram amigas e no final acontece toda esta situação... É bastante doloroso.

Pela primeira vez, vemos o lado negro de Steve. Ele tentou que Tony visse o seu lado, mas não conseguiu. Ele tentou fazer com que Tony acalmasse, mas não conseguiu. Steve sabia o que Bucky tinha feito como Winter Soldier, mas nunca o disse a Tony, pensando que o poderia poupar à dor. Mas isso nunca iria acontecer. Porque Tony é Tony e ferve em pouca água. É então neste momento que Steve acaba por escolher a família que ainda lhe resta, em vez do nome que o fez conhecido.

Quanto a Tony, entendo o lado dele em relação aos Acordos e entendo que se sinta magoado pelo que descobre e pelo encobrimento de Steve, mas também ele escondeu coisas - basta ver "Age of Ultron". O que é que ele pensava que Steve ia fazer?

"He's my friend." "So was I." "I can do this all day."

Por último, Bucky. O homem não tem descanso. Só queria ameixas e acabou por ser arrastado para uma Guerra Civil entre super-heróis. Existem vários momentos engraçados - principalmente com Sam - mas também de preocupação quanto ao que irá acontecer aos amigos de Steve. Acha que não merece o que estão a fazer por ele. Ao longo das suas cenas, nota-se o medo, a tristeza e o desespero por fugir, ao mesmo tempo que tenta afirmar-se como pessoa, apesar da sombra do que foi. Achei curiosa a gaveta de armas que ele escolheu - vejam a cena e vão entender. 😉

Ao longo do filme existem pequenos momentos que o tornam mais levezinho: introdução de Redwing, Vision a aprender a ser humano, Sam e T'Chaka, o encanto que tanto Spider-Man e Ant Man possuem ao conhecer os restantes heróis, entre outros.

Achei curioso a maneira como deram enfâse a Wanda, bem como a maneira como Steve lida com ela - quase como um irmão mais velho - e a como ela acaba por se aceitar, seja como ela própria, seja com os seus poderes. Também gostei de ver a amizade entre ela e Vision. Concluindo, gosto bastante desta personagem e gostava de ver mais sobre ela em futuros filmes.

E, está claro, que Joe Russo tinha que entrar de novo - procurem-no bem!

Daniel Bruhl torna-se num vilão extraordinário em que tanto me faz odiá-lo, como me faz simpatizar com ele. E é extraordinário descobrir como apenas uma única pessoa pode causar tantos estragos.

O quê?! Martin Freeman também entra neste filme? 👌

Imagem retirada do Pinterest
No geral, é um filme muito bom em todos os aspectos: os pequenos momentos entre as diferentes personagens têm tanto de divertidos como intensos, conforme as cenas - todos os actores fizeram um trabalho magnífico neste aspecto, a química entre todos é muito boa; as cenas de acção têm a medida certa, seja no aeroporto, seja na Sibéria. Nota-se sempre algo de novo nos efeitos especiais utilizados, bem como nos visuais.

A própria intriga subjacente aos Acordos definem a trama - a frustração e a dor que causa a todos os personagens - tornam-nos no verdadeiro inimigo. Pelo menos, para mim.

Gosto particularmente do final - vejam, vale a pena e deixa uma esperança no ar.

Cena com Stan Lee: Tony Stank!

Banda Sonora: bastante característica, tem uma intensidade que gosto muito porque faz viver o momento, o que está a acontecer na cena e com as próprias personagens. Possui um tom triste e intenso.

Cena extra: em Wakanda! E um pequeno extra de Spider-Man!

Trailer: Captain America: Civil War

Agora a pergunta mais importante deste filme: Team Cap ou Team Iron Man? Se estiveram atentos sabem a minha. 😉

Deixem comentário!

Até ao próximo post!

Iria Alexandra Cardoso

Ps: Podem ler a primeira parte desta review aqui.

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