Westworld | Séries com Chá

Olá, Sussurradores!

Mais uma semana que está a terminar... Aproveitem o Sol, o Mar, o convívio com as pessoas que vos querem bem. Isto é algo em que tenho pensado muito e estou a tentar melhorar nesse aspecto - só um pequeno conselho para todos vocês que podem estar a lidar com algo e acham que as pessoas à vossa podem não compreender.
Ora, a opinião de hoje é relativa a uma série que estreou em 2016 mas só este ano é que consegui vê-la - Westworld.

E tenho a dizer que simplesmente ADOREI! 👌👌👌 E, não, ainda não vi a segunda temporada... não sei se a verei ainda este Verão ou se deixarei mais para o Inverno. (Pssst... sou muito boa a evitar spoilers 😜).

A série possui um ambiente rural na sua essência, mas depois a tecnologia está por trás de tudo. É uma história fascinante, num futuro que até pode estar muito próximo com os avanços que a tecnologia tem vindo a desenvolver nos últimos anos - acho interessante nunca dizerem em que ano se passa a narrativa em si - viram o que eu fiz aqui? Mas talvez seja pelo que se está a passar e só no último episódio se entende o porquê desse facto nunca aparecer ao longo dos dez episódios.

Entre "hosts" e humanos, entre passado e futuro, a história revolve em volta de Dolores, Teddy, Ford, Maeve, William e Logan. E estas relações são de tal forma intrincadas que chegamos ao último episódio e ficamos de boca aberta com todas as peças do puzzle a interligarem-se - WOW! 😱 E o misto entre o passado e o futuro transforma aquilo que poderia tornar-se uma história aborrecida em algo muito bom e que toda a gente deveria ver.

O parque em si é interessante e curioso com as suas narrativas e personagens do tempo do Western, com os seus cowboys e índios e mexicanos e foras-da-lei que só mesmo os EUA possuem. A política do dinheiro e do poder sobre o parque acaba por ser previsível, mas a intriga e a história de Ford (Anthony Hopkins) tornam esta série num completo mistério e no qual temos de estar bastante atentos a cada episódio - os detalhes são essenciais - e tudo revolve em redor da nova narrativa que Ford está a criar para chamar mais visitantes à sua criação.

As performances são extraordinárias - desde Anthony Hopkins e Ed Harris, a Evan Rachel Wood e James Marsden, Ben Barnes e Tessa Thompson, Rodrigo Santoro e Thandie Newton, Jimmi Simpson e Jeffrey Wright, todos eles são espectaculares nas motivações das suas personagens, bem como nas suas próprias transformações ao longo da história.

Agora, spoilers!
Imagem retirado do Google

Para mim, Dolores - que é o host mais antigo do parque - foi concebida com o objectivo de que os "robôs" podem aprender a pensar e a sentir por si próprios; vê-se a sua evolução ao longos dos episódios como se de início fosse um bebé/criança - algo frágil - para se tornar numa adolescente e aprender com o que vê, para eventualmente se tornar num adulto em que faz as suas próprias escolhas.

Para mim, a questão de ela escutar uma voz na sua mente é o desenvolvimento de uma consciência, o aprender a conhecer-se a si própria, bem como com e as pessoas que a rodeiam - e isso também acontece a nós, humanos. E o possuir memórias é o primeiro passo para isso mesmo, ter uma consciência, pois é com as nossas memórias que aprendemos.

Já o labirinto, a meu ver, é exclusivamente para os "hosts" e não para o humanos, sendo que é uma metáfora para o desenvolvimento/crescimento/evolução do ser, da consciência, da mente.

No essencial, gostei muito da série e brevemente terei a opinião quanto à segunda temporada.

Bom fim-de-semana! 😘😘😘

Iria Alexandra Cardoso.

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