A Guerra dos Tronos | Livros com Chocolate

Olá, Sussurradores!

No dia em que saiu o trailer da oitava e última temporada da série "Guerra dos Tronos" (a estrear no próximo dia 14 de Abril), com um aspecto bastante lúgubre e que não augura nada de bom para os Stark, fica aqui a minha opinião do primeiro livro da saga "As Crónicas de Gelo e Fogo".



Original: A Game of Thrones
De: George R. R. Martin
Livro publicado através de: Edições Saída de Emergência
Ano de Publicação: 2011




Em Portugal foram divididos em dois livros:

Livro Um: A Guerra dos Tronos

O que dizer deste primeiro livro da saga?

É uma re-leitura e, então, estive um pouco mais atenta aos pormenores... Ou então sabia o que procurar porque este primeiro livro diz-nos tudo o que precisamos de saber - pelo menos no que diz respeito à série, dado que o último livro da saga ainda não foi publicado e não se sabe como irá terminar.

Então, de alguma forma, redescobre-se pormenores ou situações que não se viram da primeira vez - quase estilo detective.

Gostei muito, é um livro bem estruturado e a maneira como está dividido, não em capítulos, mas em situações de cada personagem penso que seja a melhor maneira de explicar e desenvolver esta história tão complexa.

Os Stark continuam a ser a minha família de eleição, seguidos de Daenerys e Tyrion. E tenho a dizer que achei Khal Drogo um pouco mais suave no livro que na série. E falam-se de personagens que irão aparecer mais tarde na saga, dando-lhes logo uma certa relevância.

Aprecio a rudeza do tempo e como o autor vai buscar o que era verdade no nosso tempo medieval e o transporta para a realidade de Westeros em relação às verdadeiras idades das personagens - não só dos mais velhos mas nos mais novos também, como por exemplo Robb que apenas tem catorze anos e tem de crescer rapidamente nos eventos deste livro quando o pai deixa Winterfell, tornando-se adulto e num líder. Aprecio a honra de Ned Stark, a inteligência de Tyrion e a dor de Arya, a força de Daenerys e a saudade de Jon Snow. E adoro os lobos gigantes.

Gostava de ter visto mais da interacção entre os irmãos Stark do que aquilo que o autor nos oferece, apesar de sabermos que todos gostam uns dos outros e que, de alguma forma, se apoiam uns aos outros. Algo que dou graças pela série é a única interacção entre Jon e Ned, pois no livro não existe nenhuma.

Frase favorita: "Nunca te esqueças de quem és, porque de certeza que o mundo não o fará. Faz disso a tua força. Assim não poderá ser nunca a tua fraqueza. Arma-te com essa lembrança, e nunca poderá ser usada para te magoar." (pág.58); "Quando as neves caem e os ventos brancos sopram, o lobo solitário morre, mas a alcateia sobrevive." (pág.208)

Livro Dois: A Muralha de Gelo

Pormenores, pormenores que agora não me escapam e tornam o puzzle e o jogo dos tronos bem mais interessante, de alguma forma.

Este foca-se muito em Daenerys e na relação conturbada que ela tem com o irmão Viserys, bem como a relação entre Tyrion e o pai, Tywin Lannister.

Para mim, apreciei os pensamentos de Catelyn Stark em relação a Robb e a maneira como ela pensa nele como um bebé, mas já o vê como um homem capaz de levar um exército para a guerra, comparando-o muitas vezes a Ned e a maneira como este o ensinou.

A honra de Jon Snow é o que o caracteriza e distingue, de alguma forma, de todas as outras personagens; a força de Daenerys em relação ao que enfrenta ao tornar-se Khaleesi ao lado de Drogo é inspiradora, principalmente com o que ela faz no final do livro e de isso me ter partido o coração ao ler a sua dor e a sua decisão; e a inteligência de Tyrion será sempre a sua maior arma.

Robb é um homem honrado, que aprendeu bem com o seu pai, sabe escutar os outros e sabe delinear uma estratégia. Porém, é esta mesma honra que faz com que Ned não volte a Winterfell.

Quanto ao que acontece a Ned Stark é trágico, demasiado doloroso - posso dizer que chorei e que quebrou o meu coração pelos restantes Stark. Os pensamentos de Arya transmite-nos a sua dor e um pouco a sua dormência com o que está a acontecer e o ela não poder fazer nada. O mesmo se passa com Sansa. Tive pena dela, pois pensou que estava a fazer bem e não foi recompensada por isso - é apenas uma criança colocada no meio das intrigas dos adultos e não sabe melhor do que aquilo.

Será que posso dizer que odeio Joffrey? E Baelish? E que respeitei Sandor Clegane ao tentar ajudar Sansa?

Ao longo desta segunda leitura foram várias as vezes que me apeteceu dizer "não, não faças isto, não faças aquilo, vai tudo correr mal..." É frustrante...

Frase favorita: "Quando jogais o jogo dos tronos, ou ganhais ou morreis. Não existe meio termo." (pág.103)

Até ao próximo post!

A vossa sussurradora...

Ps: Imagens Goodreads.

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