The Hobbit | Opinião

Olá, Sussurradores!

Hoje trago-vos a minha opinião de uma das minhas trilogias predilectas.

Simplesmente adoro a história, a aventura, as personagens, a banda sonora, as paisagens.

E esta opinião será relativa aos filmes e não sobre as diferenças que este e o livro possuem, pois não o li ainda.

The Hobbit: An Unexpected Journey (Uma Viagem Inesperada) (2012) 

Este é um filme bastante mais alegre que os restantes dois. É um filme que faz uma apresentação às personagens - adoro a cena em que os anões chegam a casa de Bilbo e dizem os seus nomes - apesar de já conhecermos algumas das que vão aparecendo na trilogia. Porém, é neste filme que conhecemos um lado de Bilbo Baggins que não chegamos a ver em "O Senhor dos Anéis".

A história de Thorin é triste, a maneira como perde o pai, como perde a montanha para Smaug, a sua vingança para com Azog que matou o pai dele - o ódio entre os dois é palpável.

Ficamos a conhecer um pouco mais sobre a raça dos Anões e do que eles realmente são capazes. Mostra que podem ser bastante hábeis - aquela cena do jantar é bastante engraçada - apesar de serem robustos e aparentemente trapalhões e brincalhões e resmungões. E, tenho de lhes dar crédito, pois quando partem do Bag End, deixam a casa de Bilbo arrumada.

Bilbo é o típico hobbit rotineiro que apenas quer a sua paz e a sua rotina e nada de aventuras. Ele próprio diz que não é como os anões que não têm um lar, pois ele o tem. É aqui que tudo muda para ele, pois acaba por ajudá-los precisamente para que eles possam recuperar o seu lar.

Achei interessante mencionarem mais feiticeiros para além de Gandalf e Saruman, ficando a conhecer Radagast, o Castanho, um feiticeiro muito querido e ao mesmo tempo tolo, que cuida dos animais da floresta e tenta protegê-los. Gandalf é o mesmo intrometido de sempre, mas sempre com boas intenções pois é um feiticeiro que tenta acima de tudo proteger a Terra Média das Trevas.

Ter voltado a ver Rivendell e as suas personagens, bem como o Shire, é como relembrar algo querido da minha infância.

A cena dos Gigantes de Pedra mostra que a Terra Média tem algo mais que criaturas pequenas.

Bilbo, Gollum e o Anel. Achei interessante a maneira como os dois se relacionam através das adivinhas e de como o hobbit ganha o apelido de ladrão. Senti pena de Gollum e talvez Bilbo tenha sentido o mesmo ao ver a mágoa e a solidão no olhar dele.

Tenho a dizer que as caras que Martin Freeman (Bilbo Baggins) faz parecem tão naturais, o que mostra algum "maravilhamento" por este mundo.

Esta parte da história mostra o quão os corações dos anões podem ser queridos e teimosos e leais. E, apesar da relutância de Thorin para com o hobbit, ele acaba por aceitar Bilbo na jornada.

Os planos de filmagens são bastante fluídos e até (talvez) com a intenção de mostrar a beleza da Nova Zelância, para sempre imortalizada como a Terra Média.

"All good stories deserve to be embelished." Gandalf

"True courage is not when to take a life, but when to spare one." Gandalf. 

Trailer: The Hobbit: An Unexpected Journey.

The Hobbit: The Desolation of Smaug (A Desolação de Smaug) (2013) 

Adoro que Peter Jackson apareça logo no início!

Neste filme, achei interessante que se veja como Thorin e Gandalf se conhecem e como o Feiticeiro fala de como foi Thrain, pai de Thorin, que o procurou para o ajudar a reunir os exércitos dos Anões para recuperar a montanha. Porém, para isso, precisavam de recuperar a Arkenstone, a pedra do Rei. Então seria necessário um ladrão para a roubar de Smaug.

Também vemos outra espécie de criaturas, os mudadores de pele. Isto mostra mostra que o mundo que Tolkien criou é muito maior do que aquilo que se vê na primeira trilogia de filmes e que Peter Jackson conseguiu abranger muito mais desta segunda trilogia.

Pela primeira vez, vemos o reino de Legolas, onde conhecemos Thranduil, o seu pai e Rei Elfo de Mirkwood, a Floresta Negra. Esta é um labirinto que brinca com os sentidos de quem entra lá dentro. Porém, não entendi se era algum tipo de protecção do próprio reino ou se seria devido às aranhas gigantes que lá se estavam a fixar.

É nesta floresta que vemos o lado negro de Bilbo bem como a ideia que ele tem de dar o nome de Ferrão à sua espada élfica. Talvez seja aqui que o hobbit se aperceba de que mudou desde que saiu do Shire.

Voltamos a ver Legolas - fiquei bastante contente com este facto - e conhecemos Tauriel - uma capitã da guarda élfica, criada por Peter Jackson e Fran Walsh para oferecer mais dinamismo à história com uma personagem forte feminina e equilibrar o elenco maioritariamente masculino, o que a meu ver ajuda imenso à história em si. Pode ver-se um certo companheirismo entre os dois elfos, talvez até carinho. Porém, o dinamismo oferecido com a criação desta personagem acontece com a sua maneira lutadora e com a curiosidade que ela adquire por Kili e vice-versa. É um pequeno romance interessante e, a meu ver, muito querido.

O ressentimento de Thorin por Thranduil é palpável, pois o Rei dos Elfos traiu a confiança dos Anões quando Erebor caiu.

A cena dos barris é bastante engraçada e ao mesmo tempo de tirar o fôlego. É no seu final que conhecem Bard, um homem que os ajuda e que ele próprio tem o seu passado com Smaug. Quase parece um paralelo com Aragorn, da trilogia "O Senhor dos Anéis". Achei bastante interessante este facto.

SPOILER! Achei interessante a maneira como Tauriel vai atrás dos Anões para os ajudar. Adorei o paralelo entre ela e Arwen que utilizam a mesma forma de cura em relação a flechas ou punhais envenenados - acho que acaba por ser um bom tributo à primeira trilogia, dado que Tauriel não existe no livro. Outro ponto de curiosidade é a maneira como Tauriel e Kili ficam curiosos um com o outro, ao ponto de Tauriel falar que os Elfos da Floresta adoram a luz das estrelas e acabar por ser a luz da lua a revelar a entrada para a montanha.

A relação que Bilbo e Smaug têm é de lisonja por parte do primeiro e de boa educação por parte do segundo, o que acaba por ser engraçado de assitir.

"I am Fire. I am Death." Smaug

Trailer: The Hobbit: The Desolation of Smaug

The Hobbit: The Battle of the Five Armies (A Batalha dos Cinco Exércitos) (2014)

Este filme é basicamente sobre a batalha final pela Montanha Nebulosa e todas as riquezas que ela possui. E por isso a acção é non-stop.

Aqui também vemos a febre do ouro, a ganância dos Anões, a aparecer em Thorin. Do meu ponto de vista está relacionado com o chegar ao fim de uma jornada e não obter aquilo que realmente se quer, a Arkenstone.

Mais uma vez fiquei com a boca aberta com o poder que Galadriel possui, tendo o suficiente para banir Sauron e é aqui que começa a queda de Saruman para as Trevas.

Admirei o pacto entre Thandruil e Bard em relação a Thorin, tendo a ajuda de Gandalf e Bilbo. Porém, o anão declara guerra e vemos por fim como Mithril foi parar às mãos de Bilbo - quem conhece a história sabe o que isto é.

Gosto da atitude de Kili que tenta chamar Thorin à razão em plena guerra, dizendo que não está no seu sangue não lutar quando outros o estão a fazer.

Gostei bastante de voltar a ver as Águias.

Os pequenos momentos entre Tauriel e Kili são um pequeno regalo - simplesmente apaixonei-me por estes dois e gostava muito de ter visto muito mais, os actores souberam transmitir os sentimentos através do ecrã. Gostei de ver principalmente a diferença entre Elfos e Anões neste aspecto, pois os Elfos são os seres frios e os Anões são os seres quentes, ou seja, enquanto Tauriel "foge" do que sente, ou não sabe ou não quer mostrar o que realmente sente, Kili sabe perfeitamente o que sente em relação a ela. E Tauriel acaba por aprender o que é o amor. Achei interessante que tenha sido Thandruil, um elfo aparentemente frio, a mostrar-lhe.

A cena final entre Thandruil e Legolas é dolorosa e esclarecedora.

O final é bastante triste e com um convite por parte de Bilbo que volta ao Shire e às suas rotinas.

"Why does it hurt so much?" Tauriel

"Because it was real." Thandruil

Trailer: The Hobbit: The Battle of the Five Armies

Acho que é uma trilogia magnífica, que mostra a fantasia épica no seu melhor e mostra que Peter Jackson é um realizador fantástico. Que conseguiu transportar para o grande ecrã a imaginação de J.R.R. Tolkien e dar a conhecer ao mundo uma história que ensina muito se se estiver atento.

Gostei de ver como começa e termina a trilogia, de ver pequenos easter egg em vários momentos - não vos vou contar, vejam os filmes. Gostei de voltar a ver personagens de "O Senhor dos Anéis", representados pelos mesmos actores, como Ian McKellen, Orlando Bloom, Cate Blanchett, entre outros. Tal como voltar a ver os lugares representados pela fantástica Nova Zelândia.

Simplesmente adoro este mundo da Terra Média.

Gostaria de ter pontos negativos, mas não os tenho. Provavelmente até tenho, mas esse é o meu lado mais romântico a falar.

Banda Sonora: É uma banda sonora tão característica. É épica e magnífica, condiz com a história em si, faz sentir o momento. Adoro principalmente os acordes referentes aos Elfos. Howard Shore é um mestre e não me canso de ouvir as suas composições.

Até ao próximo post!

A vossa sussurradora...

Ps: Imagens Pinterest.

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