Star Wars: 2ª Trilogia | Opinião

Olá, sussurradores!

Boa Páscoa! Espero que tenham uma Santa Páscoa, com muitos docinhos e descanso para aqueles que têm um fim de semana prolongado.

Indo para o mês Star Wars ("May the Force be with You"), fica aqui a minha opinião quanto à segunda trilogia desta saga intergaláctica, aquela que nos conta como Darth Vader se torna Darth Vader, um dos maiores vilões a nível cinematográfico.

Star Wars Episode I: A Ameaça Fantasma (1999)

Neste filme, conhecemos Anakin Skywalker, um rapaz de dez anos que vive em Tatooine com a mãe. Também conhecemos um jovem Obi Wan Kenobi que ainda está a ser a treinado pelo Mestre Qui-Gon Jinn. Este reconhece em Anakin a Força, algo que não se consegue explicar mas que governa tudo e todos no Universo.

A batalha deste filme desenrola-se em Naboo, planeta governado pela Rainha Amídala e que a Federação do Comércio ataca a mando do misterioso Darth Sidious. É aqui que a Rainha busca o auxílio dos Jedi e se descobre que existe uma conspiração para a Federação tomar o planeta.

Talvez este filme seja o mais fraco desta segunda trilogia, apesar de ser o mais divertido, com o desastrado Jar Jar Binks como protagonista. E, apesar de muitos fãs não o suportarem, e entendo o porquê, acho a personagem engraçada.

Gosto da maneira como Naboo é apresentado (planeta pacífico, como se fosse uma casa de campo para férias), Coruscant (uma cidade movimentada, extremamente tecnológica), da mesma forma que Tatooine (Outer Rim, planeta desértico) que tem um papel importante em toda a saga Star Wars. Foi interessante ver as diferenças entre os planetas, a sua estética, bem como, de alguma forma, se vê que são lugares diferentes na galáxia.

Achei interessante que Qui-Gon pense que Anakin é o escolhido da profecia para trazer equilíbrio à Força, pois apesar do Conselho Jedi não ter sentido o aparecimento dos Sith - que se diz estarem extintos - sentem que Anakin é de facto poderoso, apesar do seu futuro estar toldado devido ao constante medo que o rapaz sente.

É um filme um pouco mais infantil, mas a mostrar as diferenças entre os planetas, entre as sociedades. Algo que nunca cheguei a entender é o porquê do bloqueio a Naboo ou que tipo de Tratado era suposto Amídala assinar. Certos diálogos também pareciam um pouco forçados ou mal feitos, não coordenados, bem como certas interacções entre as personagens pareciam forçadas.

Por outro lado, a tecnologia de efeitos especiais é, claro, bem superior em relação aos primeiros filmes, para além de se ver como certas personagens aparecem como Obi-Wan, R2-D2, C3-PO, bem como o Lord Sith que comanda mais tarde Darth Vader.

Gostei do paralelo entre entre Amídala e Leia ao condecorarem os heróis dos seus planetas - vejam o filme e irão entender.

Trailer: Star Wars I: The Phantom Menace

Star Wars Episode II: O Ataque dos Clones (2002)

Dez anos passaram e voltamos a ver um Obi-Wan, um pouco mais velho, tal como Anakin que ainda continua a ser treinado.

Voltamos a ver Amídala, desta vez como Padmé e como Senadora de Naboo. Porém, é por causa dela que Anakin e Obi-Wan se encontram com ela. É alvo de um ataque pois ela quer votar contra a construção de um exército leal ao Senado o que poderá provocar uma guerra quando o que ela quer é paz.

Acho engraçado que Obi-Wan diga que Anakin ainda será a sua morte - um prenúncio do que estaria para vir?

Palpatine acaba por pedir a Padmé que volte para Naboo protegida por Anakin, enquanto Obi-Wan tenta descobrir quem está por trás dos ataques.

É nesta separação que acho que está o maior erro e porém o começo de uma história de amor que irá acabar por dividir a galáxia e colocá-la em guerra.

Existe, sim, um exército a ser construído e é aqui que Obi-Wan conhece a personagem Boba Fett, bem como os Clonadores do planeta Kamino - na minha opinião, muito parecidos com a maneira como imaginamos os seres extraterrestres. Gostei de ter visto pequenos Padawans a serem treinados, sendo eles uma chave essencial para o enigma de que Obi-Wan anda a tentar resolver.

Em Naboo, Anakin e Padmé conhecem-se melhor e, apesar de algumas diferenças, o inevitável acontece. Contudo, tudo muda quando Anakin tem um pesadelo com a mãe, fazendo com que este volta a Tatooine. E é aqui que se vê pela primeira vez o seu lado negro. E, de alguma forma, também a sua luta contra ele - a dor de Anakin é palpável, o que só abona a favor do actor, Hayden Christensen.

Este é um filme um pouco mais adulto, com um pouco mais de romance, primeiro e único amor. O começo do Lado Negro começa a consolidar-se dentro de Anaki, não só por causa dele próprio, mas também por influências externas. Já do outro lado, temos Padmé que é o lado suave dele, o lado bom e luminoso. Para mim, é aqui que começa a verdadeira luta de Anakin entre o seu coração e o seu cérebro, entre o fazer o bem e o mal, entre ouvir quem está certo e quem o quer influenciar na direcção errada.

Yoda, Mace Windu e Obi-Wan ficam apreensivos com esta Guerra que começa, uma guerra para proteger a República dos Separatistas, mas depois serão estes - corrijam-me se estiver errada - que serão os rebeldes do Império, tentando deitá-lo abaixo.

No final deste filme, temos mais um paralelo em relação ao segundo filme da primeira trilogia, pois o Anakin recebe uma mão robótica, da mesma forma que Luke recebe a dele.

Trailer: Star Wars II: Attack of the Clones

Star Wars Episode III: A Vingança dos Sith (2005)

Penso que este filme seja o mais emocional de todos. Por várias razões e, principalmente, pela forma como termina - e acho que toda a gente sabe como termina, certo?

Palpatine continua a jogar por trás dos bastidores, colocando Anakin contra os seus superiores, influenciando-o de várias maneiras (o que faz com que o seu Lado Negro se comece a manifestar), colocando políticos contra políticos e, no momento em que entramos no filme, a República encontra-se dividida.

Contudo, na minha opinião, penso que seja quando Padmé diz que está grávida que tudo muda para Anakin. Volta a ter pesadelos, volta a querer ter poder para a proteger e ao bebé, quer ter tarefas mais importantes do que aquilo que o Conselho Jedi lhe dá, o que faz com que fique frustrado e zangado. E, com tudo o que se passa na República, até Padmé começa a ser vista como inimiga da parte dele quando ela lhe pede para fugirem pois ele está a seguir um caminho pelo qual ela não o poderá seguir - um diálogo muito parecido com o de Rey e Kylo Ren em "The Last Jedi".

Tudo isto, aliado ao medo de Anakin, perturba o seu discernimento o que o faz voltar-se para Palpatine e deixar-se levar pelo Lado Negro quando este lhe diz que pode salvar Padmé, ensinando-lhe algumas habilidades não naturais - a cena que leva Anakin a prostrar-se perante o seu novo mestre é dolorosa, e é como se vendesse a sua alma ao diabo. E é assim que Anakin Skywalker se torna Darth Vader.

A sucessão de cenas seguintes é a mais importante de todas na saga, a destruição dos Jedi e o nascer do Império Galáctico. Padmé até diz que "a democracia e a liberdade morrem num estrondoso aplauso".

A luta de Obi-Wan Kenobi com Anakin parece uma descida aos infernos, quase como se transmitisse o que se passa no coração do segundo. Gostei da forma como os produtores caracterizaram esta personagem, pois quando Anakin tinha o capuz posto era Darth Vader, o lorde Sith, mas sem ele era apenas o Jedi bom que conhecemos.

Quando Padmé dá à luz, Yoda, Obi-Wan e Senador Organa decidem separar os gémeos, Luke e Leia.

É um filme bastante mais negro, mais emocional, o começo daquilo que já conhecemos, entendendo-se do porquê de C3-PO e R2-D2 não se lembrarem de nada na primeira trilogia. No início gosto da maneira como Obi-Wan e Anakin tratam R2, quase como se ele tivesse uma mente própria - o que parece mesmo.

Também reparei em alguns paralelos, tanto com a primeira trilogia como com os dois primeiros filmes da nova: Yoda querer ensinar a técnica de comunicar com os mortos ou de voltar à vida a Obi-Wan (cenas em que se vê este morto na primeira trilogia) ou então de Padmé dizer que Anakin ainda tem bondade nele e Luke dizer o mesmo.

De um modo geral, são bons filmes.

Nesta trilogia, as representações são relativamente boas, apesar de achar que, no primeiro, davam a sensação de serem um pouco forçadas - penso que seja natural, pois eram apenas miúdos. Mas no segundo e terceiro, principalmente com Ewan McGregor, Natalie Portman e Hayden Christensen, a maneira de actuar foram diferentes, dando ao fã um bom espectáculo de emoções transmitidas - o que a mim me fez emocionar, principalmente no último filme.

Os efeitos especiais são muito bons, claro, tendo em conta os dróides contra quem os Jedi lutam a maior parte do tempo e o planeta da batalha final.

A banda sonora é boa, transmitindo o que se passa no momento, seja em que cena for, e é tão icónica que nem vale a pena falar nela, pois não?

Trailer: Star Wars III: The Revenge of the Sith

Até ao próximo post!

A vossa sussurradora...

Ps: Imagens Google.

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