Trilogia "The Matrix" | Opinião
Olá, sussurros!
Este fim de semana será algo corrido e repleto de tarefas e diversão também.
E,tendo isso em conta, em vez de ser amanhã (sábado) que vos ofereço mais um post, ele sairá mais cedo.
Então, hoje trago-vos a review de uma trilogia que simplesmente adoro desde miúda! "The Matrix"!
Preciso dizer mais? Estes filmes tratam de diversos assuntos que foram aparecendo ao longo dos anos, como o controlo do Governo, a conspiração de que somos todos observados, principalmente com a ascensão das máquinas e da Internet.
Não irei fazer uma review extensa, irei apenas fazer algo um pouco superficial para cada filme - eu e as filosofias presentes não nos damos muito bem e não as saberia identificar a todas...
The Matrix (1999):
Este filme fala-nos de um futuro distópico. Distópico porquê? Porque apesar de acção principal se passar em 1999, existe uma acção que se passa fora da Matrix, um futuro onde uma guerra entre Máquinas e Humanos despontou, fazendo com que este queimasse os céus para travar o poderio da outra. Porém, a Máquina construiu campos de humanos para que eles servissem de energia, como se fossem pilhas para o seu sistema.
É então que nasce um Homem com poder para construir o mundo à sua maneira libertando o primeiro humano da máquina mostrando-lhe como fazê-lo para os restantes. Quando ele morre, um Oráculo profetiza que ele nasceria de novo para libertar os Humanos do poderio das Máquinas e da Matrix. E Morpheus (Laurence Fishburne) pensa que esse humano é Neo (Keanu Reeves).
Neste primeiro filme é explicado o que é a Matrix, o que faz, de que é formada - um mundo de sonhos para controlar os humanos, sendo que o código é demasiado grande para o descodificar. Aqui aparece o hacker Neo que sente que não controla a sua vida, sente-se deslocado mas não sabe porquê. Ele acaba por conhecer Morpheus e Trinity (Carrie-Anne Moss) que acabam por mostrar-lhe algo mais, um mundo novo, a confirmação de que existe algo mais do aquilo que ele conhece materialmente.
As cenas stop motion são extraordinárias, muitas vezes aliadas às cenas de combate; a cena dos comprimidos é algo material para ajudar a desprender a mente da máquina; penso que a ideia dos óculos espelhados seja interessante pois acaba por se tornar numa espécie de armadura para mostrar que aquele mundo não é verdadeiro.
A história faz-nos pensar, as personagens fazem-nos gostar delas - uma das minhas cenas favoritas é a de se ver a dor de Morpheus ao cuidar de Neo, mostrando que eles são humanos e não máquinas. Também a aura de mistério em torno de Trinity e as reacções em relação a Neo mostram isso mesmo.
Este filme também mostra que, de alguma forma, as pessoas não estão prontas para sair da Matrix, para serem livres e pensarem por si próprias, pois têm medo da mudança, não estão prontas para lutar contra o sistema - o que acaba por ser muito real hoje em dia. Algumas até são programas sentinelas que lutarão para proteger a Matrix e é assim que aparece uma das melhores personagens da trilogia, Smith (Hugo Weaving). Ele é um Agente, um programa da Matrix para apreender aqueles que lutam contra ela. Porém, ele é louco, como se pode ver pela cena de tortura quando diz que os humanos são uma praga e os Agentes são a cura.
A cena final mostra que Neo está ali para mostrar aos Humanos um mundo sem máquinas, sem regras, sem limites, para mostrar às pessoas o livre arbítrio.
E este é daqueles filmes que podia funcionar perfeitamente sem os outros dois filmes, mas que também funciona com eles.
Trailer: The Matrix
The Matrix Reloaded (2003):
O filme começa de uma forma diferente, mostra o maior medo de Neo, no meu entender.
A premissa deste segundo filme é o upgrade das máquinas, das personagens. Conhecem-se outras personagens, outras naves, Neo encontra-se mais confiante nas suas habilidades, no seu propósito e isso vê-se quando chega a Zion para a maior reunião de naves algumas vez feita na última cidade humana e uma multidão o espera - quase como se ele fosse um Messias.
Conhecemos Niobe (Jada Pinkett Smith), Link (Harold Perrineau), o novo piloto da Nebchadnezzer e Kid (Clayton Watson), um miúdo que mostra o entusiasmo do que é Zion no geral. Seraph (Collin Chou) é um personagem curioso, um protector da Oráculo.
Três cenas que achei interessantes foram a conversa que o Conselheiro Hamann e Neo têm quanto a dependerem de algumas máquinas para sobreviver, enquanto outras estão a tentar destruí-los; a sequência da dança, mostrando a intensidade, a paixão dos humanos, algo que as máquinas não possuem; e a cena em que se descobre que Smith se tornou ele próprio num vírus.
Porém, a guerra está prestes a eclodir. E a ideia é proteger Zion e os Humanos. Como fazer isso? Contactar a Oráculo que lhe diz que ele terá de entrar na porta de luz que ele vê no seu sonho.
É aqui que conhecemos o Merovingian, um dos programas mais velhos e perigosos da Matrix, que possui o Keymaker que ajudará Neo a entrar na porta de luz. É, então, que conhecemos o Arquitecto, o criador da Matrix que revela o maior segredo de todos a Neo - não darei spoilers, pois a revelação perderia a sua piada, apenas vou dizer que Neo é algo mais do que aquilo que se está à espera, principalmente devido a Trinity.
Neste filme fala-se muito nos programas e do porquê de eles existirem, de todos terem um propósito, bem como na escolha, o tal livre arbítrio, e o que isto significa para o Escolhido - posso dizer que a aquela sequência final é de tirar o fôlego? Porque é!
É um filme bom, espectacular, com muitas descobertas, existiu uma evolução a nível da tecnologia - gosto que eles parem as imagens em certas posições de ataque - e do próprio desenvolvimento da história em si, com a sua intriga e conspiração próprias, e das personagens, principalmente no carácter líder de Morpheus.
Trailer: The Matrix Reloaded
The Matrix Revolutions (2003):
Este filme retrata muito o sentimento do Amor. Seja entre as personagens principais, como as personagens secundárias que vão aparecendo, em que algumas como Persephone (Monica Belucci) e Merovingian (Lambert Wilson) gostam de fazer notar.
Aqui também vemos uma área da Matrix que ainda não se tinha visto, uma área que está entre a Matrix e as Máquinas. uma área onde programas obsoletos estão para fazer um acordo e voltarem ou não à Origem - todos os problemas têm uma intenção, se essa intenção for destruída ou deixar de existir, os programas são destruídos, já não têm um propósito. Penso que aqui também acaba por ser o que acontece aos humanos, quando deixam de ter um propósito, um objectivo na vida, "morrem" se não arranjarem outra razão para viver.
Também existe uma evolução na personagem de Neo em que os seus poderes são mais do que aquilo que se pensa e que ele próprio existe com um propósito, bem como a Oráculo em que a sua função é desequilibrar a equação criada pelo Arquitecto, o que nos remete para Smith que se torna no resultado de uma equação quando esta se tenta equilibrar sozinha.
A sequência de condução da nave por parte de Niobe para que cheguem a Zion antes das Máquinas é muito boa e a cena do hangar é arrepiante, bem como a visão dos campos de casulos. Já a visão do céu verdadeiro por parte Trinity, que o vê pela primeira vez, remete-me para a expressão "a calma antes da tormenta". Já a sequência de combate entre ele e Smith é simplesmente espectacular, e sendo à chuva ainda mais se torna.
E, quando Neo toma a decisão de ir até à Cidade das Máquinas, senti que o filme mostra a conclusão daquilo que nos vem mostrando subtilmente ao longo da trilogia, o poder da escolha.
No geral, esta trilogia é muito boa, com as suas lições, principalmente o livre arbítrio, o poder de escolha, seja com Neo, seja até mesmo com Smith, pois um escolhe lutar e o outro, depois de libertado, escolhe continuar a lutar contra o Neo quando podia simplesmente desistir da sua perseguição dado que já não se encontra sob o poder da Matrix.
Também o poder do acreditar ou não em algo encontra-se bem presente e a Oráculo diz mesmo isso que não sabiam se iriam ganhar a guerra, mas acreditava. Como fã, acredito que Neo seja o Escolhido, mas também acredito que ele tenha escolhido ser o Escolhido, pois tem algo porque lutar e não só porque tinha o amor de Trinity mas porque lutava por algo bom e necessário - porém, penso que a Oráculo tenha manipulado qualquer coisa, pois o Arquitecto diz mesmo que ela fez uma jogada perigosa (terá sido o "dar" o amor de Trinity a Neo e fazê-lo acreditar que era por isso que lutava?). Penso que a dicotomia entre Oráculo e Arquitecto é essa mesma, o sentimento contra a racionalidade. Será que é possível as duas conviverem?
A trilogia tem um fim satisfatório para o tipo de história. Acho que como fã, também não estava a ver a terminar de outra forma.
Trailer: The Matrix Revolutions
Até ao próximo post!
A vossa sussurradora...
Ps: Imagens Google.
Este fim de semana será algo corrido e repleto de tarefas e diversão também.
E,tendo isso em conta, em vez de ser amanhã (sábado) que vos ofereço mais um post, ele sairá mais cedo.
Então, hoje trago-vos a review de uma trilogia que simplesmente adoro desde miúda! "The Matrix"!
Preciso dizer mais? Estes filmes tratam de diversos assuntos que foram aparecendo ao longo dos anos, como o controlo do Governo, a conspiração de que somos todos observados, principalmente com a ascensão das máquinas e da Internet.
Não irei fazer uma review extensa, irei apenas fazer algo um pouco superficial para cada filme - eu e as filosofias presentes não nos damos muito bem e não as saberia identificar a todas...

Este filme fala-nos de um futuro distópico. Distópico porquê? Porque apesar de acção principal se passar em 1999, existe uma acção que se passa fora da Matrix, um futuro onde uma guerra entre Máquinas e Humanos despontou, fazendo com que este queimasse os céus para travar o poderio da outra. Porém, a Máquina construiu campos de humanos para que eles servissem de energia, como se fossem pilhas para o seu sistema.
É então que nasce um Homem com poder para construir o mundo à sua maneira libertando o primeiro humano da máquina mostrando-lhe como fazê-lo para os restantes. Quando ele morre, um Oráculo profetiza que ele nasceria de novo para libertar os Humanos do poderio das Máquinas e da Matrix. E Morpheus (Laurence Fishburne) pensa que esse humano é Neo (Keanu Reeves).
Neste primeiro filme é explicado o que é a Matrix, o que faz, de que é formada - um mundo de sonhos para controlar os humanos, sendo que o código é demasiado grande para o descodificar. Aqui aparece o hacker Neo que sente que não controla a sua vida, sente-se deslocado mas não sabe porquê. Ele acaba por conhecer Morpheus e Trinity (Carrie-Anne Moss) que acabam por mostrar-lhe algo mais, um mundo novo, a confirmação de que existe algo mais do aquilo que ele conhece materialmente.
As cenas stop motion são extraordinárias, muitas vezes aliadas às cenas de combate; a cena dos comprimidos é algo material para ajudar a desprender a mente da máquina; penso que a ideia dos óculos espelhados seja interessante pois acaba por se tornar numa espécie de armadura para mostrar que aquele mundo não é verdadeiro.
A história faz-nos pensar, as personagens fazem-nos gostar delas - uma das minhas cenas favoritas é a de se ver a dor de Morpheus ao cuidar de Neo, mostrando que eles são humanos e não máquinas. Também a aura de mistério em torno de Trinity e as reacções em relação a Neo mostram isso mesmo.
Este filme também mostra que, de alguma forma, as pessoas não estão prontas para sair da Matrix, para serem livres e pensarem por si próprias, pois têm medo da mudança, não estão prontas para lutar contra o sistema - o que acaba por ser muito real hoje em dia. Algumas até são programas sentinelas que lutarão para proteger a Matrix e é assim que aparece uma das melhores personagens da trilogia, Smith (Hugo Weaving). Ele é um Agente, um programa da Matrix para apreender aqueles que lutam contra ela. Porém, ele é louco, como se pode ver pela cena de tortura quando diz que os humanos são uma praga e os Agentes são a cura.
A cena final mostra que Neo está ali para mostrar aos Humanos um mundo sem máquinas, sem regras, sem limites, para mostrar às pessoas o livre arbítrio.
E este é daqueles filmes que podia funcionar perfeitamente sem os outros dois filmes, mas que também funciona com eles.
Trailer: The Matrix

O filme começa de uma forma diferente, mostra o maior medo de Neo, no meu entender.
A premissa deste segundo filme é o upgrade das máquinas, das personagens. Conhecem-se outras personagens, outras naves, Neo encontra-se mais confiante nas suas habilidades, no seu propósito e isso vê-se quando chega a Zion para a maior reunião de naves algumas vez feita na última cidade humana e uma multidão o espera - quase como se ele fosse um Messias.
Conhecemos Niobe (Jada Pinkett Smith), Link (Harold Perrineau), o novo piloto da Nebchadnezzer e Kid (Clayton Watson), um miúdo que mostra o entusiasmo do que é Zion no geral. Seraph (Collin Chou) é um personagem curioso, um protector da Oráculo.
Três cenas que achei interessantes foram a conversa que o Conselheiro Hamann e Neo têm quanto a dependerem de algumas máquinas para sobreviver, enquanto outras estão a tentar destruí-los; a sequência da dança, mostrando a intensidade, a paixão dos humanos, algo que as máquinas não possuem; e a cena em que se descobre que Smith se tornou ele próprio num vírus.
Porém, a guerra está prestes a eclodir. E a ideia é proteger Zion e os Humanos. Como fazer isso? Contactar a Oráculo que lhe diz que ele terá de entrar na porta de luz que ele vê no seu sonho.
É aqui que conhecemos o Merovingian, um dos programas mais velhos e perigosos da Matrix, que possui o Keymaker que ajudará Neo a entrar na porta de luz. É, então, que conhecemos o Arquitecto, o criador da Matrix que revela o maior segredo de todos a Neo - não darei spoilers, pois a revelação perderia a sua piada, apenas vou dizer que Neo é algo mais do que aquilo que se está à espera, principalmente devido a Trinity.
Neste filme fala-se muito nos programas e do porquê de eles existirem, de todos terem um propósito, bem como na escolha, o tal livre arbítrio, e o que isto significa para o Escolhido - posso dizer que a aquela sequência final é de tirar o fôlego? Porque é!
É um filme bom, espectacular, com muitas descobertas, existiu uma evolução a nível da tecnologia - gosto que eles parem as imagens em certas posições de ataque - e do próprio desenvolvimento da história em si, com a sua intriga e conspiração próprias, e das personagens, principalmente no carácter líder de Morpheus.
Trailer: The Matrix Reloaded

Este filme retrata muito o sentimento do Amor. Seja entre as personagens principais, como as personagens secundárias que vão aparecendo, em que algumas como Persephone (Monica Belucci) e Merovingian (Lambert Wilson) gostam de fazer notar.
Aqui também vemos uma área da Matrix que ainda não se tinha visto, uma área que está entre a Matrix e as Máquinas. uma área onde programas obsoletos estão para fazer um acordo e voltarem ou não à Origem - todos os problemas têm uma intenção, se essa intenção for destruída ou deixar de existir, os programas são destruídos, já não têm um propósito. Penso que aqui também acaba por ser o que acontece aos humanos, quando deixam de ter um propósito, um objectivo na vida, "morrem" se não arranjarem outra razão para viver.
Também existe uma evolução na personagem de Neo em que os seus poderes são mais do que aquilo que se pensa e que ele próprio existe com um propósito, bem como a Oráculo em que a sua função é desequilibrar a equação criada pelo Arquitecto, o que nos remete para Smith que se torna no resultado de uma equação quando esta se tenta equilibrar sozinha.
A sequência de condução da nave por parte de Niobe para que cheguem a Zion antes das Máquinas é muito boa e a cena do hangar é arrepiante, bem como a visão dos campos de casulos. Já a visão do céu verdadeiro por parte Trinity, que o vê pela primeira vez, remete-me para a expressão "a calma antes da tormenta". Já a sequência de combate entre ele e Smith é simplesmente espectacular, e sendo à chuva ainda mais se torna.
E, quando Neo toma a decisão de ir até à Cidade das Máquinas, senti que o filme mostra a conclusão daquilo que nos vem mostrando subtilmente ao longo da trilogia, o poder da escolha.
No geral, esta trilogia é muito boa, com as suas lições, principalmente o livre arbítrio, o poder de escolha, seja com Neo, seja até mesmo com Smith, pois um escolhe lutar e o outro, depois de libertado, escolhe continuar a lutar contra o Neo quando podia simplesmente desistir da sua perseguição dado que já não se encontra sob o poder da Matrix.
Também o poder do acreditar ou não em algo encontra-se bem presente e a Oráculo diz mesmo isso que não sabiam se iriam ganhar a guerra, mas acreditava. Como fã, acredito que Neo seja o Escolhido, mas também acredito que ele tenha escolhido ser o Escolhido, pois tem algo porque lutar e não só porque tinha o amor de Trinity mas porque lutava por algo bom e necessário - porém, penso que a Oráculo tenha manipulado qualquer coisa, pois o Arquitecto diz mesmo que ela fez uma jogada perigosa (terá sido o "dar" o amor de Trinity a Neo e fazê-lo acreditar que era por isso que lutava?). Penso que a dicotomia entre Oráculo e Arquitecto é essa mesma, o sentimento contra a racionalidade. Será que é possível as duas conviverem?
A trilogia tem um fim satisfatório para o tipo de história. Acho que como fã, também não estava a ver a terminar de outra forma.
Trailer: The Matrix Revolutions
Até ao próximo post!
A vossa sussurradora...
Ps: Imagens Google.
Comentários
Enviar um comentário
Obrigada pelo seu comentário!