Grimm (2011/2017) | Séries com Chá

Olá, sussurros!

Mais uma semana... Mas esta é especial! É semana de Halloween! E como tal trago uma opinião bem especial na secção das séries!

David Giuntoli in Grimm (2011)
Aviso: Pode conter spoilers!!!


O que dizer sobre "Grimm" (6 temporadas, 2011-2017), uma série que me deu sempre reticências em ver, pois estreou ao mesmo tempo que "Era Uma Vez" e apaixonei-me mais depressa por esta?

Posso dizer que é uma série que vale a pena ver, em que nos apaixonamos pelas personagens, pela história e pelos contos de fadas contados ao contrário, com uma pitada de mistura entre "Buffy, A Caçadora de Vampiros" e "Sobrenatural".

A premissa de que os irmãos Grimm eram caçadores e assassinos de personagens de contos de fadas é interessante e curiosa.

Gostei do toque de em cada episódio existir uma frase correspondente a um conto ou texto, pois consegui identificar contos de Grimm, Anderson e textos de Shakespeare. Também achei muito engraçado e interessante que em alguns episódios, principalmente nos de final de temporada ou em alguns em que terminava em suspense ou que tivesse duas partes, existisse uma frase em que era como se a série que falasse para o espectador - do estilo "Quer mais? Vai ter de esperar." "Achava que era tudo? Não, não".

Outra coisa de que gostei foi nos episódios finais da quarta temporada, após a destruição da caravana de Nick, quando todos (Nick, Hank, Monroe, Rosalee, Wu, Trubel) entram lá dentro para retirar o que sobreviveu, vêem-se as primeiras memórias que cada um tem da caravana, quase como se a história tratasse esse "objecto" como uma personagem que se perdeu - e realmente senti isso na altura, fiquei triste com a sua destruição. Achei este momento de lembrança nostálgica, sendo um momento triste mas querido criado pelos produtores/argumentistas da série.

A questão da Black Claw penso que tenha sido um pouco apressada, e o mesmo acontece com a história de Zerstorer e Diana, além de que não explicaram porque é que ele também queria Kelly. Outro momento apressado e que apareceu do nada foi a questão de Nick e Trubel serem familiares (sem o saberem) e descendentes do primeiro Grimm. É algo bom de saber, além de ser curioso, porém gostaria de ter sabido mais cedo, pois daria uma outra dinâmica à série, do que apenas no último episódio com tudo o que está a acontecer.

Gostei bastante de Nick (David Giuntoli), penso que tenha sido uma personagem muito boa, sendo que se passa o mesmo com Hank (Russel Hornsby) e Wu (Reggie Lee), que seriam um pouco a parte cómica da série. Também gostei muito de Rosalee (Bree Turner) e Monroe (Silas Weir Mitchell), tive pena por Juliette (Eizabeth Tulloch) - não achei que Nick devesse ficar com Adalind apesar de ela ter mudado, mas não achei a química entre personagens grande coisa. Adorei Trubel (Jacqueline Toboni) e tenho uma relação de amor/ódio com Adalind (Claire Coffee) e Sean (Sasha Roiz) e gostava de ter visto muito mais da mãe dele, de ter entendido melhor os Royals, pois nunca compreendi se eles eram como os Grimm, se tinham algum tipo de poder e porque é que tinham tanto poder sobre os Wesen.

Penso que os últimos episódios foram bons, apesar de um pouco cliché, pois o Zerstorer (que personifica a figura de Diabo) quer uma bruxa (Hexenbiest) como noiva e para governar o mundo - esta é a profecia mais utilizada em histórias do género sobrenatural, em parte vê-se isso no filme "Constantine" e até mesmo na série "Sobrenatural".

Na minha opinião, se realmente era para terminar assim a série, podiam ter-se focado um bocadinho mais neste aspecto, do que no aspecto de resolução de crimes durante a última temporada, pois já deixara de ter sentido.

Os últimos minutos da série foram curiosos, mas nunca explicados e acho que isso acaba por ter duas vertentes: primeira, que nem todas as coisas têm explicação; segunda, que a explicação está implícita no que acontece, deixando o espectador com as suas próprias conjecturas (o que acaba por ser a premissa dos contos de fada).

No geral, tanto efeitos visuais, especiais e a estética da série foram muito bons, bem como a banda sonora apesar de não ser muito característica.

As representações de actores foi boa, apesar de no início parecerem um pouco forçadas. Gostei bastante da evolução da história e de como Nick acaba por ficar amigo dos Wesen (ou da maior parte), e achei interessante a maneira como os crimes, por mais normais que seriam, tinha sempre um Wesen pelo meio. E, claro, adorei Bud (Danny Bruno)! E tive pena que ele não entrasse no último episódio ou que nem sequer fosse mencionado.

Teve momentos bastante bons, como a mudança de Adalind, Meisner (queria saber mais sobre ele), a maneira como Monroe aceita Nick, Hank, Wu e a sua transformação alucinante e até mesmo Sean e a sua redenção no final da série. Gostaria de enumerar alguns momentos maus, mas os bons ultrapassam-nos e as minhas críticas negativas já foram feitas. 

Fiquei com pena que tivesse terminado, mas penso que terminou bem, com todas as pontas soltas atadas, tendo até uma espécie de cena extra com a acção a passar para vinte anos depois, com as crianças já crescidas e a fazer o mesmo que os seus pais. Foi muito bom ver isso!

E, pronto...

Até sempre, Grimm!

A vossa sussurradora...

Ps: Imagem IMDB

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