007: Spectre (2015) | Opinião

Olá, sussurros!

Ah, pois é... Agora é que são elas... Estado de Emergência. E de repente vemo-nos num daqueles livros ou filmes de futuros distópicos.

Protejam-se a vocês e aos vossos! Isto é muito sério.

Fica aqui mais uma opinião e, porque não, uma dica para ver nestes dias que temos de estar por casa.

Jesper Christensen, Daniel Craig, Naomie Harris, Ben Whishaw, Tenoch Huerta, Stephanie Sigman, and Marco Zingaro in Spectre (2015)Este quarto filme de "James Bond" com Daniel Craig ao leme tem uma sequência inicial muito boa em todos os aspectos, seja a nível da perseguição, da acção, da interpretação - quase um: "já faço isto todos os dias e já nada me afecta".

Algo que me satisfaz é a sequência musical que possui cenas dos filmes anteriores, o que me deixa apreensiva logo no início sobre o que irá a acontecer ao agente secreto.

Neste filme, vemos a política a entrar pelos serviços secretos adentro devido à informação instantânea que se obtém através da informática e tecnologia, sem necessitar da componente humana, levando a que o programa "00" seja descontinuado e o MI6 seja absorvido pelo MI5. Tudo isto acontece através de Max, interpretado por Andrew Scott, e do que ele representa.

Também vemos, de alguma forma, Bond ainda a lidar com os eventos de "Skyfall" e a morte de M e tudo o que ela lhe tinha pedido para fazer após a sua morte. É assim que ficamos a conhecer o nome Rei Pálido e a evolução da relação do agente secreto com Moneypenny, existindo algum tipo de confiança entre os dois. Gosto também dos diálogos que Bond tem com Q, quase parecendo dois irmãos a embirrarem um com o outro, mas que também se ajudam.

Numa série de eventos que levam Bond a descobrir uma figura do seu passado, nomeadamente de "Casino Royale", e que certas personagens estão envolvidas com o vilão deste filme interpretado por Christoph Waltz, o agente secreto corre contra o tempo para prevenir algo que poderá destruir por completo a organização em que acredita.

A maneira como todas as histórias anteriores se interligam com Bond e Blofeld (Waltz), tudo por causa de uma inveja familiar, torna este filme bastante humano, o que acho simplesmente fantástico e diferente daquilo que se espera de um filme que envolve serviços secretos.

Léa Seydoux como Madeleine é uma das minhas Bond Girls favoritas, estando em segundo lugar, dado que continuo a gostar imenso de Eva Green como Vesper. Acho que a força que mostra, ao lado da sua fragilidade, estão bem equilibradas e contrabalançam a rispidez e a curiosidade de Bond, levando este numa viagem de volta à sua infância sem o saber e que o ajudará a fazer as pazes com o seu passado e com aquilo em que se tornou. Dito isto, nem vou falar de Monica Bellucci e da sua personagem, nem daquela cena.

Existem vários paralelos com o primeiro filme, principalmente na relação entre Bond e Madeleine. A evolução tecnológica e dos meios de comunicação, de velhos programas que funcionam mas que podem tornar obsoletos, é um bom tema, pois para tudo é sempre preciso a componente humana.

Na minha opinião, acho que este filme é uma boa continuação de "Skyfall", com bons efeitos visuais, uma boa banda sonora, uma história à "James Bond", estando bastante bem construída e desenvolvida, com pontas soltas a serem atadas, com as interpretações de cada actor a tornarem-na bastante real e humana - e a maneira como termina podia ser bem o final da saga.

Quanto à música escolhida de Sam Smith, "Writings on the Wall", tenho a dizer que gosto, não acho nada de especial é certo, mas também não desgosto como tema para 007.

Trailer: 007: Spectre (2015)

Até ao próximo post!

A vossa sussurradora...

Ps: Imagem IMDB.
Ps2: Gosto que tenha tirado este pensamento ao ver o filme: "A license to kill is also a license not to kill." É preciso ter a certeza de quem se mata e do porquê.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"O Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel", J.R.R. Tolkien | Livros com Chocolate

The Giver (2014) | Opinião

"Mors-Amor", Sónia Ferreira | Opinião