"Lethal White", Robert Galbraith | Opinião

Olá, sussurros!

Boa semana!

Não há muito a dizer, por isso fica aqui a opinião literária da semana!

Original: Lethal White
De: Robert Galbraith
Livro publicado através de: Sphere
Ano de Publicação. 2018

Simplesmente espectacular!

J.K. Rowling como Robert Galbraith é uma das melhores coisas que pode ter acontecido no género dos thrillers.

Depois do cliffhanger de "Career of Evil" ("Carreira do Mal" em Português), Galbraith traz-nos uma história que se passa um ano após os acontecimentos deste livro, em que é possível ver uma certa tensão na amizade que tinha vindo a crescer anteriormente entre Strike e Robin. 

Ora, este livro começa precisamente no dia de casamento de Robin com Matthew (final de "Carreira do Mal"), em que coisas são ditas, coisas são descobertas, mas mesmo assim algo faz com que ela continue com o casamento - para desilusão de Strike.

Assim, um ano depois, temos um caso peculiar que chega às mãos do detective, fazendo com que ele e Robin voltem a trabalhar em conjunto, retomando o que havia sido desfeito.

Strike, então, terá de investigar a morte de uma criança que se entrelaça com a morte de um ministro inglês.

Tenho a dizer que este livro é tudo o que poderia esperar depois do cliffhanger do terceiro. Tem um bom desenvolvimento quanto às personagens principais, podendo ser visto a maneira como o último ano foi passado, como a relação entre as personagens se encontra e o que leva às decisões tomadas, principalmente por Robin.

Claro que não vou negar que torço por Robin e Strike, apesar de achar que podiam ser perfeitamente apenas amigos - acredito vivamente que homens e mulheres podem ser apenas amigos! - mas sempre existiu alguma tensão entre ambos para simplesmente o ignorar. Assim sendo, apesar de sentir que este ponto esteja a ser demasiado lento para o meu gosto, também gosto de ver que essa lentidão tem razão e que é bom ver como estas duas personagens vão evoluindo, tanto a nível emocional, como a nível profissional, e se vão curando devagarinhos dos seus passados e das suas dores.

A narrativa é boa, não muito fluída, devido à montanha de informações e pensamentos que vamos tendo, mas tendo em conta as reviravoltas que a história tem, é impossível pousar este livro, pois queremos sempre saber mais e mais sobre as personagens, sobre o mistério e como tudo acaba por se entrelaçar no final.

Mais uma vez, as personagens são cativantes, curiosas, até as novas que vão aparecendo, e os eventos são detalhados de tal forma que parecemos que estamos nos locais com elas, o que acaba por ser bastante bom para a narrativa em si.

Frase favorita: "Pretending you're okay when you aren't isn't strength." / "Well, that's where you're wrong." (...) "Sometimes, acting as though you're all right, makes you all right. Sometimes you've got to slap on a brave face and walk out into the world, and after a while it isn't an act anymore, it's who you are. (...)" (p.509) (Tradução: "Fingir que estás bem quando não estás não é força." / "Bem, aí estás errado." (...) "Às vezes, agir como se estivesses bem, faz-te sentir bem. Às vezes, tens de colocar uma cara forte e sair para o mundo, e depois, ao fim de algum tempo, já não é uma actuação, mas quem tu és.")

"Life had taught him that a great and powerful love could be felt for the most apparently unworthy people, a circumstance that ought, after all, to give everybody consolation." (p.449) (Tradução: "A vida tinha-lhe ensinado que um grande e poderoso amor pode ser sentido pelas pessoas aparentemente mais indignas, uma circunstância que deveria, afinal, consolar todos.")

Até ao próximo post!

A vossa sussurradora...

Ps: Imagem Goodreads.

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