"Harry Potter e os Talismãs da Morte", J.K. Rowling | Livros com Chocolate

Olá, sussurros!

O fim de semana está quase no fim, espero o dia tenha sido óptimo e passado com as vossas Mães - o meu foi com certeza!

Tendo isso em conta, e tendo em conta o que o amor de uma Mãe pode fazer, a magia que pode conter, aqui fica o último de uma saga que mostrou isso mesmo em incontáveis momentos - curiosamente, coloco este post na véspera da batalha final em Hogwarst... Interessante.

❗❗❗Pode conter spoilers!

Original: Harry Potter and the Deathly Hallows
De: J.K. Rowling
Livro publicado através de: Editorial Presença
Ano de Publicação: 2007

Foi difícil começar esta releitura pois, apesar de ser um dos meus livros favoritos da saga, é um livro doloroso de ler por diversas razões: é o último, morrem personagens favoritas, descobrem-se coisas sobre Dumbledore e Snape que deixam a pensar, que me irritaram e aborreceram, tendo um clima de tensão ao longo de toda a narrativa, e é o fechar de um capítulo na minha vida pessoal.

Neste "Talismãs da Morte", Harry, Ron e Hermione vão em busca dos Horcruxes para os destruir e assim derrotarem Voldemort que ganha cada vez mais influência, apoderando-se do Ministério da Magia e instalando um clima de terror, até enfeitiçando o seu próprio nome.

Entre momentos de paz, desavenças, zangas, momentos de descoberta e de compreensão, de tortura e morte, vemos Harry a crescer de uma forma completamente diferente em relação aos livros anteriores pois, apesar de ele ainda não se encontrar de todas as informações na grande parte da narrativa do livro, inconscientemente ele vai preparando-se para combater o Senhor das Trevas e para morrer, se for necessário.

Porém, para além dos Horcruxes, o trio depara-se com os Talismãs da Morte e a sua história, sendo que quem possuir os três torna-se no Senhor da Morte, o que pode ser algo que qualquer feiticeiro/a pode alcançar. Ou será que não?

É um livro com bastante história, pormenores a que o leitor tem de estar atento devido às reviravoltas que vão sendo dadas, principalmente no que diz respeito ao passado de Albus Dumbledore com Gellert Grindelwald, que deixa Harry apreensivo, ou até mesmo quanto à verdadeira história de Severus Snape e a sua coragem, já para não falar da ascendência do próprio Harry.

A narrativa é ligeiramente mais complexa em relação aos anteriores, mas lê-se bastante bem. Possui momentos alegres, tristes, bem como de chorar baba e ranha devido às mortes de certas personagens, e em que se nota  a tensão da iminente batalha. Temos momentos bastante bons com Lupin, Luna e Neville (que tem uma função importante nas últimas cenas do livro), com o Exército de Dumbledore e a Ordem da Fénix, outros com McGonagall, Sprout, Trelawney e Molly Weasley que têm os seus momentos "badass" e até com Dudley, logo no início do livro. E, finalmente, temos a verdadeira noção de que o Amor é a magia mais poderosa, seja ele maternal, parental, fraternal, de amizade, de relacionamento, etc.

No geral, as personagens crescem, aprendem, discutem, lutam, tornam-se líderes, principalmente Harry, e até mesmo Neville, e é por isso que ele será sempre aquela personagem modelo que procuro em tantos outros livros.

Talvez por ter sido o último da saga, é deste livro de que mais pormenores me lembro, até mesmo dos mais pequeninos, como o facto de Kreacher acabar por aceitar Harry como seu Amo ou de Ron, em plena batalha, se lembrar dos elfos domésticos na cozinha de Hogwarts.

"Harry Potter e os Talismãs da Morte" é definitivamente um livro especial para mim.

Quando ele foi publicado em 2007 e o recebi em Dezembro, na versão portuguesa, soube imediatamente que muita coisa iria acontecer, seja boa, seja má. Contudo, mal sabia eu que apenas o iria ler uma única vez, em pleno primeiro ano da faculdade e numa semana repleta de trabalhos a entregar - mas o que são noites sem dormir, certo? Mas foi isso que aconteceu. Li-o naquela semana de Dezembro, para nunca mais pegar nele ou nos outros seis livros nos últimos quinze anos - talvez, inconscientemente, ao folhear a última página me tenha despedido das personagens, da magia, daquele mundo, sabendo que Hogwarts estaria sempre lá quando precisasse dela, ou simplesmente porque é um livro doloroso de ler e a dor continua sempre presente - até nesta releitura tive que ter um lenço à mão várias vezes.

Esta é uma saga verdadeiramente mágica, não só pela história em si, mas porque me deu muito quando achava que não tinha nada, foi uma amiga e um amor quando não tinha ninguém, ensinou-me, acompanhou-me na minha infância, na minha adolescência até à idade adulta, e ainda hoje com o spin-off do "Fantastic Beasts" está sempre lá quando preciso de algo que me reconforte.

Estará no meu coração. Para Sempre.

Frase favorita: "Não tenhas pena dos mortos, Harry. Tem pena dos vivos e, sobretudo, dos que vivem sem amor." (p.575) (penso que isto equivale a humanos e a criaturas mágicas, como acaba por ficar provado com Kreacher ou Dobby, até mesmo com Grawp ou Hedwig).

Até ao próximo post!

A vossa sussurradora...

Disclaimer: Imagem Goodreads.

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