His Dark Materials (2019 - 2022) | Séries com Chá

Olá, sussurros!

Nada de muito importante a dizer, a não ser que o ano lectivo é sempre complicado. Mas vamos chegar a uma rotina que dê para todos.

Assim...

Hoje trago-vos uma série, que vem de uma trilogia com o mesmo nome de Philip Pullman, sendo que tem exactamente três temporadas, uma para cada livro: "The Golden Compass", "The Subtle Knife" e "The Amber Spyglass".

Vou já dizer que sim, li a trilogia, e não, não gostei dela.

Contudo, a série é algo completamente diferente, pois gostei bastante - além de que compreendi imensas coisas que não tinha compreendido aquando da leitura dos livros.

Logo de início conhecemos Lyra, conhecemos Lord Asriel, Serafina Pekkala, Mrs. Coulter e toda uma série de drama que se vai desenvolvendo, começando com o desaparecimento de crianças e a razão para isso estar a acontecer, toda uma questão sobre Pó e a Autoridade que manda no universo em que ela habita. 

Protagonizada por Dafne Keen, Lyra é uma miúda impulsiva, inteligente, com alguma empatia, evoluindo neste sentido à medida que vai vivendo a sua aventura, à medida que fica a saber quem são os seus pais e a razão pela qual lhe mentiram, bem como quem ela é na realidade para o futuro do universo ou universos.

Claro que a sua amizade com Iorek Byrnison e Lee Scoresby oferecem-lhe uma outra visão do mundo e da vida, bem como a de Will e o quanto conhecê-lo irá mudá-la a ela, ao mundo e ao universo - a todos eles. Sim, é uma série de fantasia com um misto de ficção científica, dado que tocamos no tema do multiverso ou universos paralelos, como lhe quiserem chamar.

É uma história que fala sobre alma e religião, o quanto a política, a mente céptica e o fanatismo podem mudar o rumo da vida, o quanto as decisões influenciam não só a vida de uma pessoa, mas das pessoas que a acompanham, mesmo sem saberem ou terem a noção.

A última temporada, principalmente, é de quebrar o coração devido às lições que se aprendem, o crescer, um "coming of age" que faz com que Lyra acorde, aceitando que ela é muito mais do que apenas uma rapariga que não sabia quem eram os seus pais.

Penso que a única crítica que tenha a fazer a este final de série é com o demónio de Will - do nada, isso é falado, sem nenhum preâmbulo, sem saber porque acontece, sem qualquer explicação, apenas alguém o menciona e ele simplesmente aparece.

Gostei muito das performances de todos os actores principais, Keen e Amir Wilson (Will) cresceram com as personagens e evoluíram na química que é suposto terem entre eles, o que fez com que gostasse bastante desta parceria. James McAvoy (Asriel) e Ruth Wilson (Coulter) ofereceram uma profundidade às personagens que não tinha captado nos livros, e consegui ver Scoresby em Lin-Manuel Miranda.

Para quem gostar de séries alternativas, mas que fala de religião, política, história, ambiente e coloca um pouco de tudo em perspectiva e faz o espectador reflectir, penso que irão gostar.

Já viram a série? Deixem o vosso comentário!

Até ao próximo post!

A vossa sussurradora...

Disclaimer: Imagem Pinterest.

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