007: No Time To Die (2021) | Opinião
Sussuros. Olá, sussurros!
Uma maneira um pouca croma de começar este post, mas enfim...Como podem ver, fui ver o último "James Bond", o último com Daniel Craig, tão contestado em 2005/2006 por ter sido escolhido e agora aclamado pela sua performance brilhante e tão distinta de interpretar o charmoso agente secreto com licença para matar.
Já era fã de James Bond - cortesia da performance de Pierce Brosnan, que sempre achei ser o melhor - quando anunciaram Daniel Craig como o próximo e lembro-me vagamente da polémica que se criou por ele ser tão diferente do habitual em termos físicos. E, vou ser sincera, nunca pensei que Brosnan fosse substituído por um outro no meu coração.
Tão enganada eu estava...
Assim, "Casino Royale" estreia. Tinha dezassete anos quando fui ao cinema e o meu coração ficou a pertencer a outro Bond, James Bond.
Para onde foi o tempo, pergunto.
Daniel Craig tem quinze anos de serviço no cargo, com Bond Girls lindas, inteligentes e de língua afiada, como Vesper (Eva Green) e Madeleine (Léa Seydoux), ou até mesmo M (Judi Dench). Depois tivemos Felix (Jeffrey Wright), Tanner (Rory Kinnear), Q (Ben Whishaw), Moneypenny (Naomi Harris), Mallory (Ralph Fiennes) e uns quantos vilões memoráveis como Le Chiffre (Mads Mikkelsen), Silva (Javier Bardem), e agora Safin (Rami Malek).
"No Time To Die" começa praticamente onde "Spectre" termina, tendo algumas cenas paradisíacas e umas reviravoltas que fazem com que cinco anos se passem.
Depois um pedido é feito e Bond é de novo chamado a serviço, descobrindo segredos e artimanhas antigas que fazem com que o culminar da personagem seja feito num espectáculo bombástico e que leva às lágrimas.
Temos acção, temos mistério, temos romance, tudo o que um filme de espionagem pode ter, com momentos tensos e outros mais ternos.
E também temos uma nova 007 no corpo de Lashana Lynch (Nomi), que tem algumas boas cenas e uma atitude de bater palmas. Foi bastante interessante ver dois 007 juntos, a trabalharem e a interpretarem o que é suposto ser a mesma personagem - pode ser apenas um número, mas 007 é mais do que apenas isso. 007 é James Bond.
Rami Malek é um vilão que irá ficar na história da saga, devido ao que faz e às suas motivações, bem como Léa Seydoux como Bond Girl - irão entender quando virem este filme.
Não posso dizer muito mais do que isto sem dar spoilers, mas posso dizer que ninguém está preparado para o final. E quando penso que prometi a mim mesma que iria ver o último com Craig ao cinema, aquando o anúncio do mesmo (depois de ter falhado os três anteriores), nunca pensei que este fosse ser tão emocional, ao ponto de ir às lágrimas (duas vezes!!!) - posso já dizer que não é um final de personagem na pele de Daniel Craig a que estamos habituados.
E quando um filme deste género, espionagem e simplesmente "badass", nos leva às lágrimas isso quer dizer algo.
É um dos meus filmes favoritos e acho, sinceramente, que é um dos melhores filmes da saga, em todos os aspectos, história, relações interpessoais, química entre actores/personagens, interpretações, vilania, objectos memoráveis.
Daniel Craig deu uma vida diferente ao agente secreto, um pouco mais negro, um pouco mais problemático e tenso, com alguns momentos que sempre achei bastante naturais - e talvez próprios do actor - e também, de alguma forma, bastante mais romântico e sentimental que os seus antecessores - he does wear his heart on his sleeve 90% of the time, doesn't he?
Daniel Craig deixará, ou já deixa, saudades.
Trailer: No Time To Die (2021)
E depois de verem o filme: have a vodka martini, shaken, not stirred, it will help numb the pain.
Até ao próximo post!
A vossa sussurradora...
Ps: Imagem Pinterest.
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