"Murtagh", Christopher Paolini | Opinião
Olá, sussurros!
Mais um fim de semana de calor, entre férias e trabalho, espero que esteja tudo bem com vocês, sempre com boas leituras para refrescar o ambiente.
Por aqui, tenho actualizado as minhas próprias leituras, tenho escrito muito, passeado e a tomar conta de mim. Esta semana vai ser repleta de consultas e de folga do blog, que se prolongará durante o mês de Agosto. Só virei cá em visita de médica. 😉
Ai, ai, ai!
Esta foi uma leitura densa.
MAS.
QUE.
LIVRO!
Voltar a Alagaesia foi fantástico, e desta forma melhor ainda, pois foi através da visão de um dos meus personagens favoritos, Murtagh.
Desde o momento em que aparece em "Eragon", a salvar o suposto herói, a ajudá-lo, em que vamos apreciando o seu estilo, em que podemos odiá-lo a certa altura, para mais tarde aplaudi-lo e até compreendermos as suas dores, Murtagh é uma personagem envolvente, que tem muito mais para oferecer do que apenas aquilo que o olho vê.
Ao longo deste livro, quinto na saga, é possível ver momentos do seu passado, a sua relação com Thorn e como cresceram juntos sob o jugo de Galbatorix, a sua dor de infância, o seu amor pela Mãe, bem como o amor/ódio por Morzan, o seu pai.
Também é possível ver como homem e dragão estão a sobreviver após a guerra e a culpa que sente pelo que fez a mando do rei e pelo que deixou acontecer, principalmente no que diz respeito a Nasuada.
Todavia, também é possível ver a sua dor por não ser aclamado herói juntamente com Eragon e, de alguma forma, ver como ele quer uma relação com o meio-irmão. Murtagh tem vários sentimentos contraditórios, muito por culpa de Galbatorix ter estado na sua cabeça desde sempre, mesmo quando era criança e fora adoptado por ele aquando da morte do pai.
Porém, a base da história é a de um aviso que é feito a Murtagh no final do livro 4, "Herança", e que o faz investigar um mal que está a crescer no reino, descobrindo uma conspiração que tenta desacreditar e destronar Nasuada e o bom trabalho que está a tentar fazer.
Os últimos capítulos são de deixar o leitor na berma do assento, e até é possível deixar cair uma lágrima.
Digo já que não é uma leitura fácil, pois tem muita descrição, o que é bom, pois faz com que o leitor compreenda e viva esta aventura com as personagens, as compreenda e as fique a conhecer melhor.
E é, também, um livro para aqueles que não querem deixar Alagaesia de lado e querem mais desta Fantasia criada por Paolini há vinte e dois anos.
Frase favorita: "Ninguém é perfeito. Ninguém atravessa a vida inteiro e ileso. Portanto, não te culpes pelo que está fora do teu controlo." (Murtagh, p.545)
Até ao próximo post!
A vossa sussurradora...
Disclaimer: Imagem Goodreads.
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