Olá, sussurros!
Bom domingo!
Domingo de eleições, por isso, vão votar, se ainda não o foram fazer.
Hoje também irei descansar bastante, pois ontem fui fazer um trilho bastante íngreme, o que é bom para avaliar a minha condição fisíca, e saber que ainda não estou preparada para muito coisa. E tenho consulta esta semana, por isso até ajuda a fornecer informações precisas ao médico, certo?
Ora, depois de irem votar, vão passear, vão colocar as vossas séries em dia, ou ver "Thunderbolts*" - aconselho bastante -, ou até ler um livro. E porque não este?
Livro: A Court of Silver Flames
De: Sarah J. Maas
Livro publicado através de: Bloomsbury
Ano de Publicação: 2022
Este quinto livro da saga ACOTAR é muito, muito bom.
Não vou dizer que sempre gostei da Nesta, porque não seria verdade. Porém, também nunca desgostei dela, sempre a apreciei e sempre achei que ela possuía algum tipo de raiva, devido ao que acontecera ao pai e à sua fortuna, e a vê-lo nunca fazer nada pela família, não deixando de mencionar nas expectativas e prioridades que a mãe sempre colocara em cima dela durante o seu crescimento e aprendizagens - e, a meu ver, foi isto que fez esta personagem ser fria, altiva, e até um pouco arrogante, pois nunca viu a mãe fazer o mesmo com as irmãs mais novas.
Assim, como todas as boas personagens, por vezes é preciso deixá-las desenvolver e deixá-las abrir por elas próprias o seu coração a nós, leitores.
Ora, depois dos eventos de ACOMAF e com Nesta a aparecer muito mais em ACOWAR, eu sabia que isso iria acontecer.
Desde o início deste "A Court of Silver Flames" é possível ver que algo aconteceu a Nesta quando foi enfiada dentro do Cauldron, no final do segundo livro, e que isso iria ser o tema central desta história.
Vemos temas como a saúde mental, a depressão, a ansiedade, traumas de infância, ver quem Nesta poderia ter sido sem grande influência da mãe e se o pai se tivesse interessado mais por ela, bem como se ela não guardasse tanto rancor pela cobardia deste quando perdera a sua fortuna. Além disso, vemos uma Nesta poderosa, que cria o seu próprio casulo de "selfcare" para se ajudar a si própria sem o saber e sempre com a ajudar de um livro.
Gostei de conhecer Cassian e a sua maneira leal, "gozona", protectora dos seus amigos e família, e este sim, já gostava dele desde o início. Apreciei ler sobre a sua jornada após conhecer Rhys, os seus pensamentos sobre Nesta, a sua amizade com Azriel, as suas esperanças e tristezas, e o seu bom coração.
Achei as tradições dos Illiryans interessantes, mesmo que ultrapassadas e que levam uma pessoa ao desespero e a querer bater naquele pessoal... enfim...
Também gostei de ler sobre a jornada que Nesta e Cassian fazem lado a lado, como em separada, compreendendo os seus sentimentos, que o passado já lá vai e que o melhor a fazer é andar para a frente e tentar ser e fazer melhor no futuro.
Claro, não posso deixar de mencionar a Gwyn e a Emerie, e a sua jornada para se tornarem Valkyries, a maneira como deixam a Nesta sem palavras com a sua amizade e como a teimosia das três acaba por fazer com todas se abram e de aceitem e deixam os outros, os decentes, aceitarem-nas tal como são - e, claro que com esta amizade, o leitor acaba por ver o outro lado do guerra contra Hybern, e as suas consequências.
Como sempre, foi uma leitura boa, bastante fluída, apesar de todos os detalhes que Maas nos dá a conhecer, mas nada de avassalador. Todas as emoções, todas as cenas mais negras, batem bem cá dentro e deixa o leitor submergir ainda mais nesta história magnífica.
Aquilo que talvez tenha gostado mais é a jornada que as três irmãs, Feyre, Nesta e Elain, fazem para que sejam aquilo que é suposto serem, família, sem preconceitos e dores, abertas às diferenças e que cada uma tem uma maneira de lidar ou se relacionar umas com as outras de forma diferente, mas sempre com amor e nunca deixando a desconfiança ganhar.
É uma história bastante emocional, principalmente sobre a aceitação dos outros, de nós próprios e que o passado pode magoar, mas o que está feito, feito está.
Frases favoritas: Não consegui escolher entre estas duas, por isso aqui ficam.
🌸"What you feel, this guilt and pain and self-loathing - you will get through it. But only if you are willing to fight. Only if you are willing to face it, and embrace it, and walk through it, to emerge on the other side of it. And maybe you will still feel that tinge of pain, but there is another side. A better side." (Cassian, p.505) (Tradução: O que tu sentes, essa culpa, dor e auto-aversão - vais ultrapassar isso. Mas só se estiveres disposta a lutar. Só se estiveres disposta a enfrentá-la, a abraçá-la, e a continuar a caminhar, para emergires do outro lado. E, talvez, ainda sintas essas picadas de dor, mas há o outro lado. Um lado melhor.")
🌸"To know the darkness will always remain, but how you choose to face it, handle it... that's the important part. To not let it consume. To focus upon the good, the things that fill you with wonder." (Amren, p.633) (Tradução: "Saber que a escuridão permanecerá sempre, mas a maneira como escolhes enfrentá-la, lidar com ela... essa é a parte mais importante. Que não a deixes consumir-te. Focares-te no que é bom, nas coisas que te enchem de admiração.")
Até ao próximo post!
A vossa sussurradora...
Disclaimer: Imagem Goodreads.
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