Angel (1999 - 2004) | Séries com Chá
Olá, sussurros!
Continuando nas vibes do Halloween, com uma grande preparação para a noite mais assustadora do ano, recomendo esta para quem ficar por casa... porque não?
Pois é... a televisão nunca passou na altura em que ela saiu, e se deu era em horários tarde da noite, ou então, na TV Cabo, dado que me lembro de partes da quarta temporada, sem nunca ter compreendido bem o que se estava a passar - como assim o Angel tem um filho?!
Assim, após ver "Buffy, The Vampire Slayer", peguei neste spin-off - pois quem não quer ver mais um pouco de David Boreanaz como Angel, certo? - e, tenho a dizer que me surpreendeu imenso ao ponto de dizer que prefiro muito mais a história desta série do que da que lhe deu origem.
Então, após Angel ter saído de Sunnydale no final da terceira temporada, encontrámo-lo em Los Angeles, a tentar redimir-se dos seus crimes como Angelus, a salvar pessoas até ao momento em que conhece Doyle, um meio-demónio com visões que o irá ajudar na sua demanda. Nesse primeiro episódio também reencontra Cordelia dos seus tempos em Sunnydale e que se mudara para a cidade grande para se tornar actriz.
Entre missões e coisas que tais, vamos vendo uma ligação a criar-se entre as personagens até à morte de Doyle a meio da primeira temporada, e que passa as suas visões para Cordelia. Assim, outra dinâmica forma-se quando Wesley é reintroduzido na história e que, na sua saída do Conselho dos Observadores, se havia tornado num caçador de demónios rebelde.
Entre peripécias, drama, momentos fofos que nos fazem conhecer um pouco estas personagens, as suas dores e passados, o crescimento é visível logo na primeira temporada sendo que, no final desta, é introduzida uma nova personagem, Charles Gunn, que irá ser mais um membro do grupo.
Na segunda temporada, a equipa muda-se para o Hyperion, o hotel que irá ser o centro de operações e que tem uma ligação ao passado de Angel. Também temos a introdução de Lorne, um demónio de outra dimensão e que lê as auras através da música que lhes vai no coração, bem como Fred Burkle, uma humana que havia desaparecido anos antes através de um portal.
Depois ao longo das temporadas, temos flashbacks do passado de Angel como Angelus e as suas relações com Darla e Spike, o que leva ao nascimento de Connor; temos um romance subentendido entre o vampiro e Cordelia - o qual estou bastante zangada com Whedon por não ter desenvolvido um pouco mais - a maneira como Wesley tenta proteger as pessoas que lhe são mais queridas, a introdução de Spike na quinta temporada e as suas brigas (quase) infantis com Angel - que é das melhores coisas - já para não falar na perda de Fred e no ganho de Illyria, um deus dos primórdios, de quando a Terra era governada pelos demónios antes de terem sido derrotados pelos humanos - sim, a história de Angel também abre o leque neste sentido.
E agora, perguntam: qual é a pior temporada das cinco? E eu respondo: a quarta! Por amor da deusa... que raio de temporada é aquela? Além de ser caótica em termos de história, a maneira como trazem de volta Cordelia depois de ter ascendido no final da terceira e do que acaba por acontecer entre ela e Connor, levando a que a actriz saia da série... não tem cabimento e eu só pergunto, o que passou pela cabeça de Whedon e companhia para criarem algo assim? - sabem aquela sensação de vómito ao pensar em algo nojento? É isso que sinto... para mim, esta temporada não existe, passando directamente da terceira para a quinta.
A história vai sendo desenvolvida, não só a nível de personagem, com de histórias individuais e com a história colectiva do vilão maior que é a firma de advogados Wolfram and Hart, que tem sucursais por todo o mundo e em todas as dimensões - e que, a meu ver, é uma metáfora para o Inferno na Terra.
Na minha opinião, é através desta dinâmica que faz com que a história da série seja mais madura, pois não é apenas a luta do bem contra o mal, dos humanos contra os demónios, mas sim o paralelo entre os seres maiores, os chefes, os líderes deste mundo que podem ser os vilões para os seres pequenos, o comum mortal que leva uma vida a trabalhar, pagar contas, apenas a sobreviver mais um dia.
É uma série que nos diz basicamente, "os vilões vão estar sempre cá, nunca poderão ser destruídos, mas é o que os heróis fazem num pequeno momento, aleatório ou não, que quebra os planos maiores, é o que se faz no momento presente que interessa, pois isso é o que perturba os inimigos do que deveria ser bom neste nosso mundo". Tenho a dizer que há episódios pesados com esta constatação na série e que deixa uma pessoa a reflectir sobre o mundo, sobre as acções, nossas e dos outros, sobre se realmente conhecemos uma pessoa e os seus pensamentos...
Claro que a série, muito do seu tempo, quando ainda não havia movimentos de fãs nas redes sociais a pedir um final conforme deve ser, faz com que ela termine em suspense... E, sim, termina com uma grande batalha entre o bem contra o mal, pois os heróis decidem perturbar os planos dos vilões e estes largam o seu exército em L.A. para combater quatro "gatos pingados".
Só tenho que dar os meus parabéns a Joss Whedon e a David Greenwalt pela magnifica história que criaram, pela expansão do mundo criado em Sunnydale e por terem dado mais desenvolvimento a Angel, Cordelia e Wesley que cresceram de uma forma magnífica ao longo das temporadas.
Agora, pergunto: Joss Whedon não tem romance nenhum naquelas veias, certo? Pois, todas as histórias de amor que criou neste universo acabaram mal - Buffy e Angel, Buffy e Spike, Angel e Cordelia, Gunn e Fred, Wesley e Fred... Enfim...
Queria mais... muito mais, talvez encontre as bandas desenhadas e continue a história.
Conheciam este spin-off? Já viram? O que acharam?
Deixem o vosso comentário!
Até ao próximo post!
A vossa sussurradora...
Disclaimer: Imagem Pinterest.

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