Buffy, the Vampire Slayer (1997 - 2003) | Séries com Chá
Olá, sussurros!
Uma quarta-feira passada em casa, pois a gripe atacou... já é a segunda vez em três semanas. Devo ficar preocupada?
Bem, continuando no mês de Halloween, trago uma série que revi na totalidade o ano passado e que adorei ver e revisitar, de alguma forma.
Falar de Buffy é falar de uma boa parte da minha infância.
Cresci com a série e adorei logo desde o primeiro episódio - foi talvez a história que me fez embrenhar desde miúda no género que mais gosto hoje em dia de ler e de ver, Fantasia e Paranormal / Sobrenatural, pois até àquele momento não sabia o que era um vampiro, por exemplo.
Claro que existiram momentos em que perdi episódios - televisão portuguesa sempre a mudar horários e dias - ficando confusa com as storylines. Mas, de uma forma geral, foi uma série boa, com bons personagens e uma boa química entre o grupo de actores, agora que a revi e fi-lo com outros olhos, mais adultos - qual é o trope favorito desta pessoa, qual é? Amor proibido e / ou inimigos a amantes, com a relação entre Buffy e Angel.
Começo por dizer que, antes da série estrear, já conhecia a história do filme com o mesmo nome de 1992, protagonizado por Kristy Swanson e Luke Perry, e criada por Joss Whedon porque ele não apreciava que as personagens femininas loiras fossem sempre as primeiras a morrer em filmes de horror, algo que ele gostava de ver.
Assim, o conceito não era de todo desconhecido para mim, mas um filme é um filme, principalmente um que não teve sequela ou não teve grande êxito na altura. Mas a história estava lá e ninguém queria deixá-la morrer.
Por isso, a WB, o canal produtor, acabou por oferecer a Joss Whedon a oportunidade de continuar a sua história em formato de série. E assim aconteceu.
Com Sarah Michelle Gellar, Anthony Head, David Boreanaz, Alyson Hannigan, Charisma Carpenter e Nicholas Brendon nos papéis principais, a primeira temporada, de apenas 12 episódios, chamou à atenção do público, continuando para uma segunda temporada completa (22 episódios) que dizem ser a melhor e o pico da série, seguida de uma terceira temporada que termina com a saída de Angel para o seu próprio spin-off. Temos mais quatro temporadas, com histórias sobre uma organização militar, seres interdimensionais, uma irmã que se intromete, magia negra e uma Hellmouth pronta a deixar entrar os seus demónios na Terra para governar, matar e escravizar os humanos, tal como era suposto milénios antes, quando este governavam e haviam sido derrotados.
É uma série que trabalha temas como o amor, as inseguranças da adolescência, saúde mental, dificuldades de comunicação entre pais e filhos, entre muitos outros, tendo a mitologia e as lendas do sobrenatural como metáfora para o fazer.
Sem ir aos plots a fundo, as histórias são cativantes, as personagens relacionáveis, que facilmente podiam existir nas nossas escolas e serem nossos amigos. Claro que a química entre os personagens ajuda a gostarmos delas e a preocuparmo-nos e a maneira que Gellar representa Buffy, seja a nível físico, seja emocional é fácil interessar-nos por ela, pelo seu crescimento, fazendo-nos rir, chorar, e querer ajudá-la na sua luta. Além disso, apesar de toda a sua vibe de rapariga popular, esta acaba por "cair por terra" quando acaba por preferir a ajuda da inocente Willow e do descabido Xander que irão descobrir o que ela realmente é e ajudá-la, crescendo em conjunto até à idade adulta.
Entra Giles, oferecendo uma dimensão diferente, mostrando que o mundo sabe sobre o sobrenatural de uma determinada forma, tornando-se na figura paternal que Buffy não tem.
E, claro, Angel, o vampiro com alma, que tenta ajudar Buffy, apaixonando-se perdidamente, tornando-se num amor intemporal e impossível, devido à maldição que paira sobre a sua alma. E acaba por ser isso que faz com que, no final de terceira temporada, Angel decida deixar Sunnydale, indo para Los Angeles combater o mal que anda por lá.
Muitas outras personagens vão entrando, como Darla, Drusilla, Spike, Faith, Oz, Tara, Dawn, Snyder, Riley, Andrew, desenvolvendo a storyline principal e os seus personagens, bem como as mitologias e lendas, juntamente com os vários vilões que vão aparecendo.
Algo que não apreciei são os flashbacks de Angel e a sua peruca falsa, certos momentos entre Buffy e Spike, que acho ser um plot exagerado, ou até certas atitudes exageradas vindas de Xander.
A maneira como a série termina, com o grupo de caçadoras, o regresso de Faith, e até de Angel, ajuda a dizer adeus às personagens e a esta história em particular.
Entre piadas do tempo actual (da altura), algumas que nunca compreendi, ou certos momentos em que Angel tenta ser sorrateiro ao sair de cena, mas a pessoa mais atenta nota, seja de propósito ou não, faz com que a série tenha o seu quê de comédia, suavizando a parte emocional que faz alguém deitar a lágrima...
Não posso deixar de mencionar alguns cameos como Pedro Pascal, Amy Adams, Nathan Fillion, Wentworth Miller, Shane West, Felicia Day, Rachel Bilson e Ashanti.
Tudo o que esta série representa, o amor, a coragem, as aprendizagens, a amizade e o companheirismo, os sacrifícios e o "coming of age" das personagens, já para não falar no místico da série, fazem com que esta seja daquelas de culto de que toda a gente fala com carinho e que seja possível revisitar e voltar a gostar como se fosse a primeira vez.
Viam a série? Gostavam dela? Deixem o vosso comentário!
Até ao próximo post!
A vossa sussurradora...
Disclaimer: Imagem Pinterest.
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